PERFIL DA
COMUNIDADE:
O
nome jacu surgiu devido à existência de muitas aves de nome jacu que habitavam
nesta localidade, a qual apresentava grande parte da mata atlântica.
Os
primeiros habitantes foram os índios flamengos popularmente conhecidos como índios
“caboclos brabos”. Logo após chegaram os índios xucurus que fugiam do litoral
com a chegada dos Portugueses.
Segundo
informações, foi construída a primeira casa neste lugar em 1541 quatro anos
após a fundação de Olinda como vila em 1537.
Vinham,
mensalmente, para esta localidade, padre e juiz. Os mesmos se deslocavam a
cavalo das suas devidas cidades. Passaram, também, por aqui, Lampião e seu
bando.
Histórico
Igreja
de Santo Antônio
Os
primeiros habitantes do Distrito Jacu foram os índios Flamengos popularmente
conhecidos por índios caboclos brabos, os mesmos chegaram à região, fugidos do
litoral nordestino para não serem escravizados pelos portugueses.
Conta-se
que no período colonial um padre Jesuíta acompanhado por guardas portugueses
chegaram à região atualmente conhecida por Distrito Jacu, com objetivo de
evangelizar os indígenas. Entre os vários pertences que traziam para a
catequização dos índios, havia uma imagem pequena de Santo Antônio de Lisboa.
No
ano de 1575 os índios estavam em processo de catequização. Segundos relatos
populares, os índios incentivados pelos os padres jesuítas construíram com
pedras uma pequena Capela, que foi colocada a imagem de Santo Antônio para
veneração, que com o passar dos anos ficou conhecida como Capela de Santo
Antonio.
Durantes
os séculos XVI E XVII quem cuidavam da Capela eram os índios, eles além de
cultuarem o santo também usavam o local para enterrar seus motos.
Em
meados do século XVIII começou surgir às primeiras famílias não indígenas na
localidade, as famílias de João Alevino e de José Cândido Ferreira. Nesse
período segundo relatos de alguns descendentes, quem cuidava da Capela era o
senhor José Candido Ferreira considerado o primeiro zelador. Dizem que foi ele
que comprou a imagem maior de santo Antonio de Lisboa e que a mesma teria vindo
de Portugal.
Com
a morte de José Cândido Ferreira provavelmente no inicio do século XIX, seu
filho Cândido Ferreira passou a ser o zelador da capela. Ele foi responsável
por iniciar as procissões aos domingos no mês de maio com a imagem de Nossa
Senhora da Conceição, comprada por seu filho Antonio Cândido Ferreira. Também
começou a se festejar São Bernardo, comprado pelo senhor Manoel Amaro do
Nascimento, ambas as imagens compradas no Juazeiro do Norte. Nesse mesmo
período em que Cândido Ferreira era zelador, algumas terras da região não tinha
dono e o Padre Victorino que foi primeiro a celebrar missas na Capela,
apossou-se de uma parte das terras e passou a residir na comunidade.
No
ano de 1935 aos 120 anos Cândido José Ferreira faleceu, e como era tradição seu
filho Guilherme Cândido Ferreira tomou conta da Capela. Nessa época ainda havia
marcas de Sangue nas paredes da Capela
deixadas pelos os índios.
Em
1940 o Padre Victorino que foi o primeiro a celebra missa na localidade já
havia falecido e as terras que ele havia se apossado foram a leilão. O
arrematador das terras foi Porfírio Ribeiro que morava no sítio Salgado. O
zelador Guilherme Cândido Ferreira não aceitou e protestou na justiça. A
justiça declarou que para reaver partes das terras teriam que pagar uma quantia
de 400 mil réis. Não tendo o dinheiro, Guilherme Cândido Ferreira resolveu sair
pelo sertão nordestino em 1940, pedindo donativo para vencer a questão. Depois
de um ano, conseguiu o dinheiro e voltou para sua terra. Em seguida recuperou
as terras e fez a doação para a igreja que passou a ser, então patrimônio de
Santo Antônio.
Em
1955 aos 55 anos Guilherme Cândido Ferreira adoeceu com sinais de loucura e
depois de ser levado para o Recife, lá em julho do mesmo ano desaparece do
hospital. Sua filha Josefa Guilherme dos Prazeres embora estando lutando e sem
saber o paradeiro do pai, assumiu junto com toda sua família a responsabilidade
de cuidar da igreja.
Três
anos depois em 1958 decidem reformar a igreja, contando com ajuda de José
Juvêncio e família. Saíram pelas as cidades vizinhas com a imagem maior de
Santo Antônio, pedindo donativos para reformar. Tempos depois José Juvêncio
abandona a causa, mesmo assim, Josefa Guilherme, sua filha Cleusa, os devotos
de santo Antônio e o vereador José Davino da Silva conhecido por Curuja, o
mesmo sendo o tesoureiro, continuaram a missão, incentivados pelo padre Zuzinha
da cidade de Santa Cruz do Capibaribe, começando a reforma no ano de 1959.
Durante
a reforma da igreja, o teto foi elevado e construíram uma torre para abrigar os
sinos que foram comprados em Juazeiro do Norte por Cândido José Ferreira e seu
filho Guilherme. A reforma foi concluída em 26 de dezembro de 1961. Nessa época
a igreja já recebia muitos devotos vindos de diversas localidades que vinham
pagar suas promessas pelas as graças alcançadas.
Até
1963 celebraram na capela do Jacu, padre Victorino, padre
Zuzinha de Santa Cruz do Capibaribe, Padre Refirino e padre José Bernardino, o
qual marcou bastante a comunidade tendo uma rua na localidade com seu referido
nome.
Em
1964 a capela de São Sebastião é elevada a Paróquia, assume como novo vigário
da recém-nascida paróquia o padre Luiz Geraldo de Melo que também passa a
celebrar na comunidade do Jacu, porém em 1971 renuncia ao sacerdócio. Logo após
começa a celebrar na capela de Santo Antônio o padre Armando Bhiel que tinha
grande dedicação pela comunidade da zona rural.
No
período da gestão do prefeito Antônio Ribeiro, em 1972, quem ainda cuidava da
igreja eram a zeladora Josefa Guilherme dos Prazeres. Nessa época a
igreja alcançou a auge de visitas dos devotos de Santo Antônio, que vinha de
outras localidades.
As
procissões das festas de Santo Antônio em junho, de São Bernardo em agosto e de
nossa Senhora da Conceição aos domingos no mês de maio recebiam milhares de
devotos e visitantes. Nesse tempo, como não havia um lugar adequado para
guardar os objetos de promessas trazidos por vários devotos, a zeladora Josefa
Guilherme junto com a irmandade de Santo Antônio e o prefeito da época Antônio
Ribeiro, resolveram construir uma Capela ao lado da igreja para abrigar as
promessas.
No
ano de 1973 tendo apenas conseguido parte do material para a construção da
capela a zeladora resolve entregar chave da igreja ao senhor Antônio Francisco
de Oliveira conhecido por Antônio Chico, ele com sua família e o Vereador José
Davino, incentivados pelo Diácono Paulo Carlos, concluíram a construção da
Capela das promessas, nesse mesmo ano.
A igreja de Santo Antônio do Jacu, que faz
parte da paróquia São Sebastião de Jataúba é considerada um importante ponto de
devoção e de turístico do município, as festas culturais de Santo Antônio em 13
de junho e são Bernardo em 20 de agosto, recebem um grande número de devotos e
conterrâneos.
Fonte
de pesquisa: Josefa Guilherme dos prazeres, Valdir de Curuja, Cleusa, Antônio
Quilherme.............Pesquisa realizada por Paulo Geraldo e Graças Santos...............................................................................................................................Fevereiro
de 2012
A Escola Municipal Águida Amâncio, está localizada na Rua
Padre José Bernardino, Distrito/ Jacu, Município de Jataúba/PE CEP:
55180-000 cadastro M – 408002 Portaria
153 publicada no Diário Oficial 13 a
14/04/1984, foi construída no ano de 1969 em Terras cedidas pelo Patrimônio de
Santo Antônio e sua construção durou seis meses. A instituição ganhou esse nome
em homenagem à primeira professora do lugar a senhora Águida Amâncio.
No ano de 1970, a Escola começa a funcionar e teve como primeira
professora a Srª Cleusa Conceição Silva de Almeida que ensinou durante 4 anos a
uma turma de 52 alunos de 1° a 4° séries.
Foi derrubado o prédio da escola e reconstruído um novo prédio com
02 salas de aulas, 02 banheiros e 01 cozinha, atendendo uma demanda de 315 alunos
do ensino fundamental, com anexo na Escola Municipal João Cândido Ferreira e
Escola Municipal Petrucio Siqueira. Em 10 de fevereiro de 1998, começaram a
funcionar no turno da noite as antigas 5° e 6° séries.
Ano letivo de 2014 a escola
atende uma demanda de 245 estudantes, sendo eles da localidade e de comunidades
vizinhas, a mesma é administrada pela Secretaria Municipal de Educação, e
mantida pelo conselho escolar e faz parcerias com outras instituições
governamentais e não governamentais. Os projetos desenvolvidos pela instituição
são: Escolinha de Futebol Águida Amâncio, Grupo de dança, aulas de músicas,
aulas de capoeira, laboratório de informática, literatura de cordel, teatro, e
projetos sócios educativos.
A escola tem várias ações educativas na área de esporte e cultura,
entre elas: capoeira, taekwondo, aula de música, banda marcial, futebol de
campo, teatro, rádio escola e artesanato.
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