Recife dos navios.
Era assim que chamada essa cidade plantada à beira do mar e à beira do rio.
Era apenas um porto de Olinda, a capital de Pernambuco
nos idos de 1535.
E exatamente por essa condição de porto que Recife tornou-se um ponto de
encontro de povos de várias culturas, um mosaico de costumes, o que
gerou a cidade de maior diversidade cultural do país e que a todos
encanta.
Essa diversidade cultural vai desde a sua gastronomia.
Recife tem o terceiro pólo gastronômico do país que dispõe de opções
para todos os gostos. Desde o amante da comida vegetariana, até os que
apreciam os sabores mais picantes, como a cozinha mexicana, a cozinha
baiana, entre tantas outras opções. Além dos restaurantes com pratos
típicos locais, como é o caso da Peixada Pernambucana, a Galinha a
Cabidela, o Arrumadinho.
Sem falar da grande variedade de frutas que são encontradas, seja em
forma de sucos, seja na sua forma natural. Além da deliciosa água de
coco, é claro!
E os doces, que é um registro vivo do período do chamado Ciclo do Açúcar e dos Engenhos.
São compotas, doces, e bolos, como o tão apreciado Bolo de Rolo e o Bolo Souza Leão, que remonta ao tempo do Brasil Império.
Não podemos esquecer a famosa Cartola, uma das sobremesas mais
apreciadas pelos da terra e pelos visitantes, que faz qualquer um
esquecer a balança!
Sem falar das comidas de milho, tão comum no período de festas juninas.
Recife é festa!
Essa diversidade cultural também pode ser comprovada nas suas festas, que começa pelo primeiro dia do ano, o réveillon.
O réveillon de Recife possui dois pólos de animação,
sendo uma onda de pessoas de branco à beira mar da belíssima Praia da
Boa Viagem. O réveillon de Boa Viagem regado a
champanhe, cerveja gelada ou água de coco ouve além das explosões de
fogos de artifícios, shows de artistas locais, com muito frevo, além de
artistas nacionais convidados, numa mistura de ritmos musicais que só o
Brasil possui.
O réveillon do Recife também pode ser curtido no Marco Zero do
Recife, que também dispõe de shows de artistas nacionais e locais, além
da queima de fogos, abrindo o novo ano.
E a partir de então, começa o Recife a respirar o Carnaval.
Já é carnaval no Recife!
O carnaval multicultural do Brasil. O carnaval do Recife é conhecido
como o carnaval multi-cultural por reunir vários ritmos como o frevo, o maracatu, o caboclinho, a ciranda, o pastoril profano, o samba, o manguebeat, o afoxé.
O carnaval do Recife começa com suas prévias em clubes, em bailes de
máscaras, nos ensaios dos blocos líricos, blocos de frevo, ensaios e
maracatu, ensaios de escola de samba.
No carnaval do Recife o frevo disputa com o maracatu de baque virado ou
maracatu nação, com o maracatu de baque solto ou maracatu rural, disputa
com o caboclinho, disputa com os afoxés, mas não falta os chamados
perseguidores de todos esses ritmos contagiantes.
O carnaval começa oficialmente na sexta feira de carnaval com várias
nações de maracatu, seguindo com o Galo da Madrugada, o maior bloco de
carnaval do mundo, constante no Guinness Book, no sábado de Zé Pereira.
E assim segue todos os dias de carnaval, numa folia contagiante.
Um registro especial para a Noite dos Tambores Silenciosos, que
acontece na segunda-feira de carnaval, onde todas as nações de maracatus
vão prestar homenagem aos eguns (almas) no Pátio do Terço. Nessa festa,
que recebe a atenção de todos os visitantes do carnaval de Recife, à
meia noite todos os tambores silenciam para reverenciar os seus
antepassados, num espetáculo de grande emoção.
Segue os demais dias no carnaval do Recife com grande animação até
que chega “...oh quarta-feira ingrata chega tão depressa só pra
contrariar...”
E Recife agora se prepara para as Paixões.
Pernambuco das Paixões.
É o ciclo da quaresma.
Nesse período iniciam as procissões tradicionais, procissões que existem desde o período do Brasil colônia.
Com grande emoção Recife assiste a Procissão do Encerro e a Procissão dos Passos, que levam multidão às ruas do Recife.
Além do belo espetáculo da Paixão de Cristo.
Do Recife pode-se visitar Nova Jerusalém e assistir ao espetáculo da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, em Fazenda Nova.
Terminado o período da semana santa, o Recife começa a pensar no seu ciclo junino.
No Recife é São João! E respeita as tradições.
É forró! São quadrilhas, coco de roda, ciranda.
Com um autêntico forró pé-de-serra o Recife tem um grande São João,
com vários pólos de animação espalhados pela cidade, com música e
comidas típicas durante todo o mês de junho. Artistas como Arlindo dos 8
baixos apresentam-se em várias casas de forró, como a Casa de Zé Nabo,
Sala de Reboco, Aconchego do Matuto, Cafundó e no Forró do Arlindo dos 8
Baixos. Músicas de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião e de seus discípulos
são ouvidas por todos os pólos de animação do São João do Recife.
Além das festas do período junino, um destaque para a comida típica, a
gastronomia do ciclo junino, com suas mesas fartas de comidas de milho,
que é herança do europeu na formação do povo nordestino.
Mesas compostas de canjica, pamonha, milho cozido, milho assado, o bolo
pé-de-moleque, vários tipos de tapiocas, mungunzá, etc.
Mas o gosto pela diversidade na cultura se estende para os festivais que acontecem em Recife.
O Festival de Cinema, o Cine-PE de Audiovisual reúne o maior número de espectadores do Brasil, no Centro de Convenções de Pernambuco.
A Fenneart – Feira Nacional de Negócio de Artesanato
é hoje a maior feira de artesanato da América, reunindo stands de quase
todos os municípios do Estado de Pernambuco, quase todos os Estados do
Brasil e quase todos os Países da América Latina, além de lugares como
Síria, Índia, Líbia, Líbano e Ilha de Java, e tem também apresentações
de shows diariamente.
E o Recife de dois em dois anos recebe a Bienal do Livro que leva milhares de leitores ao Centro de Convenções de Pernambuco.
Além de vários congressos que o Recife recebe durante todo o ano, no
Centro de Convenções de Pernambuco. Com capacidade para receber mais de
6.000 pessoas, 02 teatros, 04 auditórios e 22 salas de convenções com
capacidade para abrigar eventos de pequeno, médio e grande porte com
conforto, funcionalidade e dinamismo.
São todos esses ritmos, cheiros, sabores e cores que rodeiam o Recife que inspiram poetas do presente e do passado.
E o Recife possui o passeio turístico denominado Circuito dos Poetas,
que trata-se de um passeio que leva-nos ao encontro com Manuel
Bandeira, João Cabral de Mello Neto, Joaquim Cardoso, Solano Trindade,
Capiba, Antônio Maria, Chico Science, Mário Mota, Carlos Pena Filho,
Ascenso Ferreira, Clarice Lispector e o Dom da Paz, Dom Hélder Câmara.
Durante esse passeio o visitante pode conhecer as ruas históricas do
Recife, como por exemplo, Rua do Bom Jesus, com seu casario que registra
o período do Brasil Holandês, que teve sua sede em Recife, sob a batuta
do Conde Maurício de Nassau.
Além de conhecer as dezenas de igrejas existentes na cidade, como as
belas igrejas de São Pedro dos Clérigos, Igreja Nossa Senhora do Carmo, a
Capela Dourada, o Convento Franciscano, entre tantas outras.
Nesse passeio o visitante poderá fazer compras na
Casa da Cultura de Pernambuco (antiga Casa de Detenção) ou no
Mercado de São José,
o mercado público mais antigo do Brasil, com suas estruturas
arquitetônicas preservadas. Nesses pontos de compras o visitante poderá
comprar artesanatos, além de ervas e até fazer uma visitinha à loja de
Dr. Raiz, além de consultar as rezadeiras que possuem nos boxes do
mercado.
E por falar em diversidade cultural, a religiosidade é um capítulo à parte.
No Recife, o visitante poderá fazer o turismo religioso católico, onde são contempladas a Igreja Nossa Senhora do Carmo, o túmulo de Frei Damião, o Santuário da Mãe Rainha Três Vezes Admirável, e o santuário de Nossa Senhora no Morro da Conceição.
Mas a religião de Recife também tem sua diversidade, e o culto
afro-brasileiro também é contemplado, com visitas a terreiros de
candomblé ou de xangô, como é comum aos da terra, como é o caso do
Terreiro de Pai Adão e o Terreiro Santa Bárbara da Nação Xambá.
E para a preservação desse grande legado de diversidade cultural, os museus são vários.
Destaque para
Museu do Homem do Nordeste,
Fundação Gilberto Freyre,
Instituto Ricardo Brennand,
Oficina Cerâmica de Francisco Brennand, Memorial Luiz Gonzaga, Museu de Arte Popular, Casa do Carnaval, Núcleo Afro Brasileiro,
Mamam – Museu de Arte Moderna Aluízio Magalhães, Museu da Cidade do Recife, Museu do Estado, com um destaque para a coleção do artista plástico Cícero Dias etc.
Além dos museus, ainda pode-se visitar o Forte das Cinco Pontas e o Forte do Brum, além da Sinagoga Kahal Zur Israel, a primeira sinagoga das Américas, do período holandês no Brasil.
Além dessas opções por terra, ainda podemos conhecer o Recife pelo Rio Capibaribe, em um passeio de catamarã, passado por baixo de várias pontes que cortam o centro do Recife.
Ou, se você preferir, pode conhecer o Recife pelo ar! Através do
passeio panorâmico, possibilitando a visão panorâmica de todas as ilhas
do Recife, além de Olinda e de todo o litoral sul e norte de Pernambuco.
E pra quem quiser curtir um mergulho, atenção, você está na capital dos naufrágios.
Recife é considerada a capital dos naufrágios.
O Recife possui mais de vinte navios naufragados, alguns com 400 anos.
Um dos mais procurados pelos veteranos é o Pirapama. Para isso o Recife
dispõe de escolas de mergulho para os iniciantes, bem como para os
veteranos, que vêm em busca de águas claras e mornas.
Mas quem quiser ficar em terra, vale a pena jogar golf no Caxangá Golf.
E nos intervalos, nada como experimentar a bela praia de Boa Viagem,
com suas águas calmas e mornas, com piscinas naturais, promovidas pela
ocorrência dos arrecifes que tanto impressionaram Charles Darwin, no ano
de 1836, a bordo do navio Beagle, que viajou durante cinco anos.
No Bairro de Boa Viagem o visitante encontra uma excelente rede de
hotéis, restaurantes, lojas e supermercados, e do Shopping Center
Recife, além de clínicas e hospitais.
O Bairro de Boa Viagem fica a apenas 10 minutos do
Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre, possibilitando ao máximo sua estada na capital multicultural do Brasil.