BNCC/ BASE NACIONAL COMUM
CURRICULAR
GRÊMIO ESTUDANTIL, REPRESENTANTES DE PAIS, CONSELHO ESCOLAR, E EDUCADORES DAS ESCOLAS PETRÚCIO SIQUEIRA, JOÃO CÂNDIDO FERREIRA E ÁGUIDA AMÂNCIO SE REUNIRAM PARA DEBATEREM SOBRE O BNCC.
Em nosso país ainda não possui um currículo
escolar unificado, que determine o que e em que momento os conteúdos devem ser
ensinados a estudantes do ensino básico. Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Básica, de 1996, quanto o Plano Nacional de Educação, de 2014,
determinam que o governo federal estabeleça, até 2016, os conteúdos a serem
ensinados na Educação Básica (apoio ao PNE, Meta 3, estratégia 2).
Sob esse aspecto, nós educadores da escola
municipal Águida Amâncio, apoiamos a Base Nacional Comum da Educação, que tem
sinergia com princípios que compartilhamos que deve ter um currículo escolar
unificado que determine o que e em que momento os conteúdos devem ser ensinados
aos estudantes do ensino básico é um passo fundamental para garantir que o país
ofereça a mesma oportunidade a todos os seus estudantes. Com ela, é possível
saber o que os estudantes devem aprender criar metas, medir resultados, cobrar
mudanças e saber se o ensino está progredindo.
Currículo unificado precisará
considerar as diferenças culturais e regionais de nosso país, onde cada
conteúdo deverá atender a necessidade dos estudantes, dentro de uma
contextualização dos conteúdos e temática trabalhada em cada disciplina,
valorizando a interdisciplinaridade, o diálogo e a relação da matéria com os
demais campos de conhecimento e as provas nacionais como: Prova Brasil – ANA-OBMEP-SAEB-SAEPE-
Sistema de Avaliação da Educação Básica de Pernambuco
também devem sofrer adaptações, entre outras.
A Base Nacional
Comum deve ter uma articulação entre os vários aspectos da vida cidadã como: A
saúde, a sexualidade, a vida familiar e social, meio ambiente, o trabalho, a
ciência e a tecnologia, a cultura, Religião as linguagens, com as áreas de
conhecimentos (Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, Geografia, História,
Língua Estrangeira, Artes, Educação Física, Educ. e Trabalho, EDH - Educação em
Direito Humanos entre outras.
Pela nossa experiência como alunos que fomos no
passado, e como professores que somos no presente, podemos dizer que, na
maioria das vezes, a forma de ensino e os conteúdos trabalhados por estas
disciplinas não buscam desenvolver o raciocínio e, portanto, não buscam
desenvolver a autonomia nas crianças e jovens. A forma principal para o ensino
da Matemática tem sido fazer com que os alunos decorem regras, fórmulas e
cálculos. Por mais que haja um discurso progressista, ainda não encontramos, na
imensa maioria de nossas escolas, um ensino que busque a compreensão do
princípio, o conhecimento do porquê das coisas. Ora, esse processo de
ensino-aprendizagem reforça a ideologia dominante, pois inculca nas
crianças e jovens uma dependência aos “sábios”, àqueles que sabem elaborar e
resolver os problemas da sociedade e, ao fazer isso, reforça na classe
trabalhadora sua dependência e submissão à classe dominante, pois nesta estão
aqueles que são capazes de pensar e buscar o sentido das coisas e, portanto,
aqueles que devem, inclusive, dirigir a sociedade.
Na Matemática, por exemplo, o objetivo do
processo de ensino-aprendizagem deveria ser o entendimento dos
cálculos e das fórmulas, sendo estes o resultado de um longo percurso de pesquisa, em que professor e alunos trilham um caminho que os leva ao resultado
final, que são os cálculos e as fórmulas. Nesta nova metodologia, estes passam a ser produtos de algo construído por todos, assim o processo de construção do
conhecimento torna-se o objetivo central e não a fixação de
cálculos e fórmulas.
Na disciplina de História, por sua vez, devemos abandonar os textos e
histórias prontas, apresentando aos alunos as várias visões de mundo ao longo
do tempo, utilizando textos, narrativas, formas de organização da vida,
materiais das diferentes classes sociais, ajudando os alunos a produzirem sua
própria visão de mundo. Desta forma, o papel do professor será muito
mais o de alguém que auxilia o aluno em seu processo de conhecimento do que
aquele que diz o que se deve e o que não se deve saber.
Esta concepção de currículo e de escola busca auxiliar nossas crianças e
jovens a se tornarem adultos autônomos e capazes de enfrentar as lutas sociais,
objetivando a construção de uma sociedade justa e fraterna. Isso não significa
que perdemos a noção do papel da escola na sociedade de classes, porém
acreditamos que devemos aproveitar a escola e o currículo como espaços
privilegiados da disputa ideológica.
(Sugestões: que se deve voltar a ter na grade
curricular o Ensino Religioso, História de Pernambuco, Educação e Trabalho; e
que Geometria deve ser separada da matéria de Matemática; e que Literatura
passe a ser uma matéria separada da matéria de Português; também deve-se
adicionar na grade curricular as disciplinas de Informática, Tecnologia,
Orientação Sexual.)
Nenhum comentário:
Postar um comentário