domingo, 8 de novembro de 2015

BNCC/ BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR







BNCC/ BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR

GRÊMIO ESTUDANTIL, REPRESENTANTES DE PAIS, CONSELHO ESCOLAR, E EDUCADORES DAS ESCOLAS PETRÚCIO SIQUEIRA, JOÃO CÂNDIDO FERREIRA E ÁGUIDA AMÂNCIO SE REUNIRAM PARA DEBATEREM SOBRE O BNCC.

Em nosso país ainda não possui um currículo escolar unificado, que determine o que e em que momento os conteúdos devem ser ensinados a estudantes do ensino básico. Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Básica, de 1996, quanto o Plano Nacional de Educação, de 2014, determinam que o governo federal estabeleça, até 2016, os conteúdos a serem ensinados na Educação Básica (apoio ao PNE, Meta 3, estratégia 2).
Sob esse aspecto, nós educadores da escola municipal Águida Amâncio, apoiamos a Base Nacional Comum da Educação, que tem sinergia com princípios que compartilhamos que deve ter um currículo escolar unificado que determine o que e em que momento os conteúdos devem ser ensinados aos estudantes do ensino básico é um passo fundamental para garantir que o país ofereça a mesma oportunidade a todos os seus estudantes. Com ela, é possível saber o que os estudantes devem aprender criar metas, medir resultados, cobrar mudanças e saber se o ensino está progredindo.

Currículo unificado precisará considerar as diferenças culturais e regionais de nosso país, onde cada conteúdo deverá atender a necessidade dos estudantes, dentro de uma contextualização dos conteúdos e temática trabalhada em cada disciplina, valorizando a interdisciplinaridade, o diálogo e a relação da matéria com os demais campos de conhecimento e as provas nacionais como: Prova Brasil – ANA-OBMEP-SAEB-SAEPE- Sistema de Avaliação da Educação Básica de Pernambuco também devem sofrer adaptações, entre outras. 

A Base Nacional Comum deve ter uma articulação entre os vários aspectos da vida cidadã como: A saúde, a sexualidade, a vida familiar e social, meio ambiente, o trabalho, a ciência e a tecnologia, a cultura, Religião as linguagens, com as áreas de conhecimentos (Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, Geografia, História, Língua Estrangeira, Artes, Educação Física, Educ. e Trabalho, EDH - Educação em Direito Humanos entre outras.
Pela nossa experiência como alunos que fomos no passado, e como professores que somos no presente, podemos dizer que, na maioria das vezes,  a forma de ensino e os conteúdos trabalhados por estas disciplinas não buscam desenvolver o raciocínio e, portanto, não buscam desenvolver a autonomia nas crianças e jovens. A forma principal para o ensino da Matemática tem sido fazer com que os alunos decorem regras, fórmulas e cálculos. Por mais que haja um discurso progressista, ainda não encontramos, na imensa maioria de nossas escolas, um ensino que busque a compreensão do princípio, o conhecimento do porquê das coisas. Ora, esse processo de ensino-aprendizagem reforça a ideologia dominante, pois inculca nas crianças e jovens uma dependência aos “sábios”, àqueles que sabem elaborar e resolver os problemas da sociedade e, ao fazer isso, reforça na classe trabalhadora sua dependência e submissão à classe dominante, pois nesta estão aqueles que são capazes de pensar e buscar o sentido das coisas e, portanto, aqueles que devem, inclusive, dirigir a sociedade.
Na Matemática, por exemplo, o objetivo do processo de ensino-aprendizagem deveria ser o entendimento dos cálculos e das fórmulas, sendo estes o resultado de um longo percurso de pesquisa, em que professor e alunos trilham um caminho que os leva ao resultado final, que são os cálculos e as fórmulas. Nesta nova metodologia, estes passam a ser produtos de algo construído por todos, assim o processo de construção do conhecimento torna-se o objetivo central e não a fixação de cálculos e fórmulas.
       Na disciplina de História, por sua vez, devemos abandonar os textos e histórias prontas, apresentando aos alunos as várias visões de mundo ao longo do tempo, utilizando textos, narrativas, formas de organização da vida, materiais das diferentes classes sociais, ajudando os alunos a produzirem sua própria visão de mundo. Desta forma, o papel do professor será muito mais o de alguém que auxilia o aluno em seu processo de conhecimento do que aquele que diz o que se deve e o que não se deve saber.

             Esta concepção de currículo e de escola busca auxiliar nossas crianças e jovens a se tornarem adultos autônomos e capazes de enfrentar as lutas sociais, objetivando a construção de uma sociedade justa e fraterna. Isso não significa que perdemos a noção do papel da escola na sociedade de classes, porém acreditamos que devemos aproveitar a escola e o currículo como espaços privilegiados da disputa ideológica.
(Sugestões: que se deve voltar a ter na grade curricular o Ensino Religioso, História de Pernambuco, Educação e Trabalho; e que Geometria deve ser separada da matéria de Matemática; e que Literatura passe a ser uma matéria separada da matéria de Português; também deve-se adicionar na grade curricular as disciplinas de Informática, Tecnologia, Orientação Sexual.)

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